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Estuda as formas através das quais muitos dos argumentos a favor da eugenia-mais" moderados", mas não menos excludentes-penetraram nas concepções de médicos, técnicos, políticos e intelectuais a respeito da saúde pública em São Paulo nas primeiras décadas do século 20. Mostra como o discurso médico, eivado de um vocabulário cheio de cientificidades, juntava todos os elementos socialmente indesejáveis-negros, imigrantes, pobres, mendigos e doentes-num mesmo universo de significados, chegando, no limite, a esgrimir aqueles mesmos argumentos paranóicos de pureza racial.