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O Amarelecimento Fatal (AF) da palma de óleo (dendezeiro–Elaeis guineensis) é uma doença cujo agente causal é desconhecido. Há décadas tentativas vêm sendo feitas, sem sucesso, para identificação do agente causador do AF. Estudos epidemiológicos mostraram que a evolução do AF não segue um padrão de doença causada por agentes biótico, indicando uma causa abiótica. Este trabalho tem como objetivo apresentar resultados de vários experimentos onde a hipótese abiótica vem sendo estudada como agente causal do AF no Brasil. A hipótese é:“a aeração deficiente do solo, reduz o potencial de oxirredução, aumentando a concentração de íons reduzidos na solução do solo (NO3+; Fe2+; Mn3+), estes causam inicialmente danos ao sistema radicular e predispõe o dendezeiro a distúrbios fisiológicos cuja sintomatologia é conhecida como AF”. O diagnóstico do AF é visual, com o amarelecimento e seca da bordas dos folíolos novos, entretanto, antes dos sintomas nas folhas o sistema radicular já se apresenta bastante danificado. Os resultados mostraram que as áreas de ocorrência do AF são tipicamente mal drenadas. Os dados do monitoramento do potencial e da umidade da água no solo evidenciaram que os solos sob dendezais com AF (PA) passam por longos períodos saturados (> 10 kPa de potencial da água no solo). Um dendezal monitorado sem AF (AM) evidenciou um processo intenso de drenagem interna do solo após os eventos de chuva. Os solos da Amazônia sob dendezais contém óxidos e hidróxidos de ferro cristalinos e amorfos, que podem ser solubilizados e reduzidos quando em ambiente de baixo …